A CEIA DE JESUS, DE CORINTIOS E DA ATUALIDADE

I Parte

cei·a 
substantivo feminino
1. A última refeição do dia, feita depois do jantar.
2. Quadro que representa a última ceia de Jesus com os seus Discípulos.
ce·ar - Conjugar
(latim ceno, -are, jantar)
verbo intransitivo
1. Comer a ceia.
verbo transitivo
2. Comer (determinada coisa) à ceia.
Confrontar: ciar, siar.
"ceia", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/ceia [consultado em 12-03-2014].



A festa Agapé


1 Coríntios 11.17-22 - 17 Nas instruções que agora vou dar a vocês, eu não posso elogiá-los, pois as suas reuniões de adoração fazem mais mal do que bem. 18 Para começar, me contaram que nessas reuniões há grupos de pessoas que estão brigando, e eu creio que em parte isso é verdade.19 Não há dúvida de que é preciso haver divisões entre vocês para que fique claro quem são os que estão certos. 20 Quando vocês se reúnem, não é a Ceia do Senhor que vocês comem. 21 Pois, na hora de comer, cada um trata de tomar a sua própria refeição. E assim, enquanto uns ficam com fome, outros chegam até a ficar bêbados. 22 Por acaso vocês não têm as suas próprias casas onde podem comer e beber? Ou será que preferem desprezar a Igreja de Deus e envergonhar os que são pobres? O que é que vocês esperam que eu lhes diga? Querem que os elogie? É claro que não vou elogiá-los!

Dentro do original grego a palavra ceia significa jantar.


Várias distorções cometidas em Coríntios


Voltando a capítulos anteriores vemos que Paulo escreve esta epístola de Coríntios corrigindo várias distorções cometidas por eles. O apóstolo reprova as divisões (1:10-4:20). O vergonhoso e público caso de incesto de um de seus membros (5:1-13). Disputas legais entre cristãos (6:1-11). Casos de envolvimento com prostitutas (6:12-20). Desentendimentos quanto ao valor do casamento (7:1-40). Participação de festividades pagãs e comidas oferecidas a ídolos (8:1-11:1). Problemas relacionados com as reuniões públicas dos cristãos em Coríntios.



Paulo não estava contente com pessoal de coríntios. O modelo sugere que a ceia seguia o padrão de um jantar comum. Isto pressupõe uma refeição extraída da cultura greco-romana. Eles cometiam sérios abusos, tais como egoísmo, bebedeira, glutonaria e desprezo pelos irmãos pobres que ficavam com fome e gerando um descontentamento entre os cristãos de coríntios. Tal era a distorção das reuniões dos coríntios, que descaracterizavam a ceia tornando o ambiente impróprio de celebrar a comunhão.

Paulo disse:

Nisto, porém, que vou dizer-vos não vos louvo. Eles se ajuntavam não para melhor e sim para pior.
Que estava acontecendo com a igreja de coríntios que Paulo concordava em certa parte com o partido dentro da Igreja? Que cada um tomava antecipadamente a sua própria ceia. Uns tinha fome os outros se se embriagava e outros ficavam sem nada.

Porque cada um tomava a sua própria ceia?

Na cidade de corintos existia uma festa que se chamava AGAPÉ, nessa festa cada um levava a sua própria refeição que era celebrada entre todos, cada um levava um pouco de comida que era unida à comida dos outros e divida por todos. O objetivo era fortalecer a comunhão. A igreja de Coríntios era formada de ricos e pobres, de livre e de escravos. Os ricos se juntavam em grupos e comiam a sua comida, e bebiam separados dos outros. Os pobres, muitos deles escravos, às vezes não podiam levar nada, e o resultado é que saiam dali com fome e fracos.

Paulo disse:

Não tendes porventura casas para comer e para beber? Ou desprezais a igreja de Deus, e envergonhais os que nada têm? Que vos direi? Louvar-vos-ei? Nisto não vos louvo.
As palavras de Paulo são de reprovação por tudo aquilo que eles faziam, pois a falta de amor se manifestava de forma gritante na vida daquela comunidade por meio de alguns indivíduos.
Em coríntios as pessoas se caracterizava pelas divisões ou separações de classes. Eram os livres e os escravos, os gregos e os bárbaros (quem não falava grego); os cidadãos romanos e as raças inferiores fora da lei; havia os judeus e os gentios; havia os cultos e os ignorantes. Paulo deixa claro que existiam pessoas em coríntios que gostavam de criar problemas, dizer coisas ofensivas, gente que manipulava outros e forjavam seu próprio grupo a fim de fomentar a divisão na igreja.

23- Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão;). Paulo extrai essa passagem do livro de Lucas, ele faz uma transação dos escritos de Lucas, que é inserido na sua carta.   Analisando o vers. 26 e 27- Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha. Portanto, qualquer que comer este pão, ou beber o cálice do Senhor 
indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor.

Indignamente - significa Desprezível; que desonra.

Paulo manda cada um se examinar e depois comer o pão e beber o cálice. Paulo deixou bem claro que era para comer, examinar e comer. Paulo estava exortando os ricos que comiam os alimentos que os outros ricos traziam para os pobres e eles mesmos comiam. O problema era que cada um tomava antecipadamente a sua própria ceia, por isso uns tinha fome e outro se embriagava. No meio daquele grupo que trazia alimento tinha uns que desonrava a mesa de alimentos, a ceia. Nisso Paulo não concordava (nisso não vos louvo).

Aquele traidor não deveria comer com os outros então Paulo faz menção do traidor de Jesus na ultima ceia, que Jesus partiu seu próprio pão, porque todos já haviam comido da mesa.

Mt 26.26 - E, quando comiam, Jesus tomou o pão, e abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo.


Enquanto comiam?  Comiam o que?  Os discípulos já estavam comendo a sua própria comida, Jesus pegou o seu pão e partiu entre eles, ele não deveria ter dado nada pra Júdas, mas deu. Paulo deu esse exemplo para os ricos de coríntios que não se lembrava dos pobres.

Paulo estava lá na ceia de Jesus com os discípulos? Claro que não.

Paulo pegou essa expressão dos dados de Lucas da ultima ceia. Nem Mateus, nem Marcos e João usa essa expressão: “Fazei isso em memória de mim”. Só Lucas e depois Paulo fez isso.
O exemplo que eles davam de desunião era muito grande por isso havia entre eles muitos fraco, doentes, e muitos que dormiam, os pobres estavam fracos por falta de alimento. Quem não come fica fraco, doente e morre.

II Parte

A ceia do cálice de vinho e pão

 Qual a diferença entre Lanche e jantar?

Jantar ou almoço é completo com varias coisas e lanhe geralmente é um suco e pão com alguma coisa. A ceia não é um lanche, especialmente a ceia do Senhor, se Deus vai da uma ceia será um banquete com direito de tudo.

Jd 1.12 - Esses homens são rochas submersas nas festas de fraternidade que vocês fazem, comendo com vocês de maneira desonrosa. São pastores que só cuidam de si mesmos. São nuvens sem água, impelidas pelo vento; árvores de outono, sem frutos, duas vezes mortas, arrancadas pela raiz.

A ceia não é um desbanque-te como é apresentado para nós, um pedacinho de pão e um copinho de vinho, na realidade esse banquete que o Senhor tem para nós não consiste em alimento material.
I Cort 11.20 – Quando vocês se reúnem, não é a Ceia do Senhor que vocês comem. 21- Pois, na hora de comer, cada um trata de tomar a sua própria refeição.

Paulo disse isso porque, pois cada um comia a sua própria ceia e outros bebiam tanto que ficavam totalmente bêbados. Paulo então os manda comerem e beberem em casa, pois envergonhavam os pobres que não tinham nada pra comer. O foco principal na igreja de Deus não é a comida nem a bebida física. Porque o pão e o  vinho que é comprado na padaria não é o corpo, nem o sangue de Cristo.

Mt 15.17 - Não percebem que o que entra pela boca vai para o estômago e mais tarde é expelido?

Tudo que comemos é lançado fora no banheiro. Amados amigos, nos ensinaram errado, recebemos o Senhor Jesus pela boca? Jesus não é pão material.

Jo 6.50 - Todavia, aqui está o pão que desce do céu, para que não morra quem dele comer. Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Se alguém comer deste pão, viverá para sempre. Este pão é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo". Então os judeus começaram a discutir exaltadamente entre si: "Como pode este homem nos oferecer a sua carne para comermos? "

Jesus lhes disse: "Eu lhes digo a verdade: Se vocês não comerem a carne do Filho do homem e não beberem o seu sangue, não terão vida em si mesmos.

Todo o que come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia.
Pois a minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida.

Todo o que come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. Da mesma forma como o Pai que vive me enviou e eu vivo por causa do Pai, assim aquele que se alimenta de mim viverá por minha causa.
Este é o pão que desceu do céu. Os antepassados de vocês comeram o maná e morreram, mas aquele que se alimenta deste pão viverá para sempre".

Ele disse isso quando ensinava na sinagoga de Cafarnaum. Ao ouvirem isso, muitos dos seus discípulos disseram: "Dura é essa palavra. Quem consegue ouvi-la? "

O pão que desce do céu não é da padaria. Jesus é pão vivo que desse do céu.

Jo 6.63 - O Espírito dá vida; a carne não produz nada que se aproveite. As palavras que eu lhes disse são espírito e vida.

A Palavra do Senhor Jesus Cristo não trata de coisas materiais e sim espirituais. Quando Jesus disse que ele era pão, não devemos pensar em pão material. A ceia do Senhor não é algo aplicável literalmente, pois assim não condiz com a sua Palavra. Os ensinamentos do senhor Jesus são espirituais.

Rm 7.14 - Sabemos que a lei é espiritual; eu, contudo, não o sou, pois fui vendido como escravo ao pecado.

II Cort 3.6 - Ele nos capacitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do Espírito; pois a letra mata, mas o Espírito vivifica.

Os ensinamentos de Jesus não podem ser interpretados em coisas materiais. Se comemos Jesus pela boca, ele vai para o ventre e será lançado fora (Mt 15.17). Devemos comer o Senhor Jesus de uma forma que não passe pela boca. Os ouvidos prova o paladar como a boca os alimentos (Jó 12.11). A palavra não entra pela boca e sim pelo ouvido. Nossos ouvidos provam as palavras, como o paladar a experimenta a comida (Jó 34.3). Jesus entra pelos nossos ouvidos e para nosso coração pela sua Palavra.

Salmos 119.11 - Guardei no coração a tua palavra para não pecar contra ti.

Essa é a forma certa de comer o pão que vem do céu.


III Parte


A Ceia de Jesus, um bom entendimento para nós hoje.

A Última Ceia é o nome dado à última refeição que, de acordo com livro de Lucas, Jesus dividiu com seus apóstolos em Jerusalém antes de sua crucificação. Os quatro evangelhos canônicos afirmam que a Última Ceia ocorreu perto do final da Semana Santa, após a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, e que Jesus e seus discípulos dividiram uma refeição antes que ele fosse crucificado, na qual Jesus reparte o pão entre os discípulos dizendo:

1.    "Este é o meu corpo"
Jesus deu um novo mandamento aos discípulos:

2.    "Ame os outros como eu vos amei"

Jesus reproduz um detalhado discurso de adeus, chamando os apóstolos que seguiam seus ensinamentos de "amigos e não servos.

O caminho da ceia espiritual

Rm 6.14 - Pois o pecado não os dominará, porque vocês não estão debaixo da lei, mas debaixo da graça.

Ef 2.8 - Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus;

O evangelho apresenta a ceia do Senhor e nos faz lembrar o sacrifício de pura graça oferecida a todos onde Cristo absolveu o pecado nosso para ele mesmo, o pão vivo que veio do céu oferecido para nos dá salvação. Esse sacrifício nos faz lembrar de tudo que naturalmente é oferecido a nos de graça. Se recebermos de graça a graça também de graça daremos como diz a palavra: perdoe as nossas dividas como nos perdoamos nossos devedores.

O que é apresentado para as pessoas hoje dentro dos templos é algo restrito mensal. A ceia que virou um rito dentro das denominações, não é proposta do evangelho, faz apenas uma simbolização no dia do evento, essa celebração deve ser um relembrar diário reaquecendo, reavivando, retomando, reforçando a nossa consciência na certeza do nosso chamado para que sejamos um pão partido em todos os dia de nossa vida, um pão que se doa, um pão que não seja só de um grupo. Fomos atingidos pela graça que não vem de nós, aquilo que transcende de Deus. Somos agraciados todos os dias por toda sorte de benção, por isso é esperado de cada um de nós aquilo que recebemos do Senhor pela graça passamos também de graça.

Recebemos o perdão da graça, também de graça perdoamos. Na reunião em Coríntios esse seria a união e a lembrança, só que alguns não pensavam assim e separavam as porções e vinhos para as famílias importante, enquanto outros tinham nada para comer. Paulo disse isso a eles, pois reuniam para o mal e não para o bem, nem para o amor do parti do pão, não havia diferença entre os que não criam e os que criam no Senhor porque a desuniam era a mesma. Paulo ia mais além e dizia a razão porque entre eles havia muitos fracos, doentes, os que dormem e se enfraquecem. Se fossem julgados pelo Senhor seriam condenados pelas atitudes de desunião e de subgrupos e castas de gentes.

Infelizmente o pragmatismo protestante que reduziu tudo a um pedacinho de pão, um cálice de vinho ou uma hóstia. Muitos se consideram salvos em relação a esse evento mensal. Para o povo de coríntio aquilo fazia parte do cotidiano deles a festa Agapé (festa do amor), se tornou um evento sem valor, eram sínicos, maus, egoístas, divicionistas e alienados.

Se eram assim no evento imagine no cotidiano, os pobre não eram lembrados, se tornaram seletivos, e faziam julgamentos estéticos. Hoje isso não é diferente dentro dos templos religiosos as castas continuam lá, o orgulho, julgamentos divisão, seletivos, diferentes em relação aos outros. São valorizados os que são bem empregados com seus dízimos altíssimos, seus carrões importados, que ganham posições de destaques aos olhos dos lideres evangélicos.

Nos não somos salvos dessa maldade no evento da ceia com um pedacinho de pão e um copinho de vinho se não entendermos seu principal valor. A existência é um caminhar eucarístico, um caminhar diário, porque como o Senhor Jesus é o que da vida, nós também somo o pão e somo um pão para ser oferecido ao próximo. Hora servimos e hora também nos servirão. Jesus não mandou construir templos e selecionar grupos a quem devemos servi, com coletas riquíssimas de dinheiro que não fazem nada pelos que nada tem. O evento que poderia internalizar graça e amor, cura, serviço, se não tem esse efeito no coração das pessoas, então a reunião é para pior e não para melhor e nisso não vos louvo. A ceia é um relembrar da nossa existência nesse mundo, porque recebemos do Senhor essa graça, comemos desse pão eterno para aprender a servi, esse evento é para não deixar esses sentimentos graça apagar dentro nós. A ceia não pode ser um ritual mensal sem o Espírito de doar-se presente em nós.

Infelizmente nas denominações protestante é feito um interrogatório para saber da vida das pessoas para poderem comer um pedacinho de pão e um copinho de vinho. Usa essa mesma passagem de Coríntios 11.17 sem um contexto, virando um pretexto para amedrontar as pessoas em seus ritos de Ceia, como se as pessoas fossem indignas de comerem aquele pão. Muitos nessa hora pensão logo no arrocha que deu na namorada, o outro se masturbou,...Mas para os pastores o valor do dizimo não tem haver com o seu pecado, mas na hora da ceia tem, porque você pode dizima em pecado, mas tomar a ceia ritualística você não pode.
Não devemos nos reunir diante da mesa do Senhor para afrontar as pessoas com o seus pecados e sim para ver se o conteúdo do evangelho está sendo praticado por nós de fato nas expressões que definem o evangelho, em razão que as outras coisas se organizam na vida.

Se cada pessoa tiver o coração fixado no evangelho de amor, com misericórdia, solidariedade, com perdão, graça, porque é isso que recebemos do Senhor e fomos chamados a transferir a todos os homens, porque assim ele nos aceita. Esse entendimento nos torna apto a participar dessa mesa e habilitados a viver diante dos homens. O rito não realizar benefícios, a menos que cada pessoa carregue essa palavra no coração com a ceia no coração e na mente pronto a servi todos os dias conforme a necessidade de cada um.

Conclusão

Quando Paulo disse que havia muitos, fraco doente e muitos que dormem você pode ate se perguntar por que existe tanta gente assim em nosso meio?
São pessoas que no cinismo, frieza, orgulho diferença na dureza de coração são os que comem para si, bebem para si, só pensam em si mesmo. São os que  conhecem o verdadeiro evangelho mas são como homens que escolheram o caminho de Balaão.
Um coração indiferente não tem amor de Deus, os frutos do Espirito para servi o evangelho da graça, porque o evangelho da graça não é denominação, nem religiosidade e sim vida de discípulo.

I Pd 2. 13-15 - Recebendo o galardão da injustiça; pois que tais homens têm prazer nos deleites quotidianos; nódoas são eles e máculas, deleitando-se em seus enganos, quando se banqueteiam convosco;
Tendo os olhos cheios de adultério, e não cessando de pecar, engodando as almas inconstantes, tendo o coração exercitado na avareza, filhos de maldição;
Os quais, deixando o caminho direito, erraram seguindo o caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça;


O AMOR E A GRAÇA DO ALTÍSSIMO ESTEJA COM TODOS


  

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