QUAL O VERDADEIRO NOME DE JESUS?

Segunda parte:



O nome Hebraico, Yehoshua, e a origem do nome Jesus 






Segundo o Presb. Daniel da congregação Monte de Sião. Considerando o texto bíblico acima, perguntamos ao prezado leitor:

Qual foi o nome dado para nossa salvação? Sendo o nosso Salvador, incontestavelmente, israelita – um descendente legítimo (linhagem/semente) de Davi, seria, de fato, a forma latinizada “Jesus” uma representação fiel e exata do nome original, em hebraico?
 Qual a origem do nome Jesus? Se a salvação (HaMashiach = ungido em hebraico) vem dos israelitas (João 4:22), por que os tradutores, no tocante ao nome do salvador, inspiraram-se no texto traduzido para o grego da Septuaginta – LXX  , em vez do hebraico  ?

E hoje, por que as comissões de tradução de tradução e revisão das Escrituras Sagradas, das Sociedades Bíblicas, se eximem da responsabilidade de restaurar no texto bíblico, o nome do salvador na sua forma plena e original, em hebraico? Respeitando, desta forma, a identidade israelita do Mashiach, nosso Senhor?

Surpreendentemente, a maioria das centenas de milhões de membros das religiões da cristandade provavelmente acharia difícil de responder a essas perguntas. Assim, hoje, longe de ser invocado na sua originalidade, o Nome revelado segundo a vontade e propósito divino, e, poderosamente, anunciado pelos apóstolos nos primórdios das congregações, tornou-se desconhecido para milhões de leitores da Palavra de YHWH.

Finalmente, esperamos que através desta síntese, você, prezado leitor, possa, decididamente, compreender a importância de conhecer e restaurar o nome do salvador na sua forma plena tal como fora revelado pelo anjo do Eterno Criador aos pais do Mashiach, como consta em Mateus 1:21 e Lucas 1:31.

No livro de Hebreus, 13:8, lemos que o Mashiach: “é o mesmo ontem,e hoje, e eternamente”. Crendo, verdadeiramente, que ele – nosso salvador – não mudou, devemos igualmente crer e testificar que seu grande e poderoso nome continua, imprescindivelmente, o mesmo. Seu nome também não mudou. “... e para que crendo, tenhais vida em seu nome”. [João 20:31]


A REVELAÇÃO E TRANSLITERAÇÃO DO NOME HEBRAICO

Embora tenhamos as Escrituras Sagradas (a Palavra de YHWH) em nossa língua vernácula – a língua portuguesa – sabemos, perfeitamente, que os textos autógrafos (originais) não foram escritos nos idiomas que hoje conhecemos. Sem contar que muitos tradutores procuram, sem dúvida, tornar a Palavra compreensível nesta era moderna. Mas, não obstante todo o trabalho e toda a erudição empenhada nas traduções bíblicas hoje existentes em todo o mundo, uma coisa é, absolutamente, certa: os textos traduzidos foram e são passíveis de erros.”Erros causados por descuido dos copistas: erros de omissão ou de adição de palavras. E, ainda, mais, existem modificações feitas propositadamente pelos copistas no intuito de “melhorar” o texto, seja na gramática, no vocabulário, ou na doutrina. (Natureza e Propósito da Bíblia na Linguagem de Hoje – pág. 06 – SBB)”.

Essa revelação feita, pelo anjo, aos pais, é, sem dúvida, o passo inicial para o conhecimento do nome salvífico, dado segundo o propósito divino. Entretanto, convém, ressaltar que esta revelação, deu-se num ambiente essencialmente israelita, ou seja, os pais daquele menino, eram, sem sombra de dúvidas, israelitas. Logo, podemos concluir que quando do anúncio do nome do Mashiach prometido aos pais (José [Yoseph] Mateus 1:2 e Maria [Miriã] Lucas 1:31), certamente que o anjo não falou-lhes em grego, em latim e muito menos em neolatino (no caso em Português – idioma inexistente na época), e, sim, com toda certeza na língua (idioma) que lhes era familiar, inteligível e sagrada – a Língua Hebraica.

O texto de Mateus 1:21 traduzido corretamente do hebraico (língua  na qual Mateus o escreveu) seria: “..., e tu o chamarás com o nome de Yehoshua, pois ele salvará o seu povo dos seus pecados”.

A propósito, a Bíblia de Jerusalém, em Português – Ed. Paulinas, considerada como a melhor tradução da Bíblia em vários países, sobre o texto em questão, na pág. 1.838, letra “i”, trás a seguinte nota explicativa: i) Jesus (Hebraico Yehoshu’a) significa: “YHWH Salva”.             A nota explicativa, em pauta, não só evidência a forma plena e original do nome, no idioma hebraico “Yehoshua” como, também, deixa claro a correlação entre o nome dado e a própria missão do salvador – a da salvação. Assim sendo, não coube aos pais: Yoseph(José) e Miriã (Maria), dar nome àquele que seria o salvador do mundo. Esta prerrogativa coube ao Eterno Elohim Criador, através de Seu anjo, dar o nome que representasse à missão do Mashiach prometido.

O nome “Yehoshua” que, etimologicamente, significa: “YHWH é Salvação”, foi determinado segundo a vontade e o propósito divino, e que mudá-lo ou substituí-lo por um outro, à pretexto de tradução (tornar o nome declinável em outra língua) significaria  ir contra a determinação do próprio Criador e seria, ainda, um grande desrespeito à Sua vontade.

Milhões de pessoas, religiosas ou não, dizem que o nome Jesus é uma tradução, em português, do nome hebraico Yehoshua, ou do nome aramaico Yeshua. Segundo a opinião de vários eruditos no assunto, essa afirmação é improcedente. Mesmo porque, dentro de um raciocínio lógico, nome próprio não se traduz e sim, se translitera.

E o que é transliteração?

“Transliteração é a representação das letras de um alfabeto pelas letras correspondentes, levando-se em conta os princípios da fonética” (Dicionário da Língua Portuguesa de Lourenço S. Rega).

 Nesta definição, podemos entender, claramente, que na transliteração o objetivo é encontrar letras correspondentes em um outro alfabeto, mantendo-se, todavia, foneticamente, a integridade da palavra original que está sendo transliterada. Neste contexto, perguntamos: Que semelhança fonética (som considerado na palavra) há entre os nomes:Yehoshua (hebraico) e Jesus (greco-latino)? Sendo que este último, como dizem, os tradutores, veio do hebraico ou do aramaico Yeshua? Nenhuma semelhança. Um grande exemplo bíblico de transliteração encontramos registrado no evangelho de Lucas 23:38 que diz: “E também por cima dele estava um título, escrito em letras gregas, romanas e hebraicas...”

Muitos há que dizem que o nome é Yehoshua, lá em Israel, para os judeus, aqui no Brasil é Jesus. O que é um tremendo paradoxo. Os que fazem tal afirmação, concordam e reconhecem, entretanto, nomes de personalidades estrangeiras, mundialmente famosas. Todos eles são reconhecidos e propagados pela imprensa escrita, falada, ou televisionada, com seus nomes que receberam em seus países de origem. Embora, transliterados e escritos em caracteres (letras) de línguas diferentes, contudo, seus nomes, muitos deles difíceis até mesmo de pronunciar e escrever, são nacional e internacionalmente respeitados na sua forma original, inclusive Aquino Brasil. Perguntamos: Muito mais do que os nomes destas personalidades famosas, não deveria o nome de nosso Senhor Yehoshua HaMashiach ser respeitado e invocado na sua forma original, em hebraico? Sim, com toda certeza deveria, ainda mais quando reconhecemos que “nenhum outro nome há dado entre os homens”, pelo qual devamos ser salvos” [Atos 4:12]. Perceba, ainda, o leitor, que a expressão: “dado entre os homens” o termo é genérico, referindo-se tanto aos judeus, como as demais nações – os gentios. E nisto, as Escrituras confirmam, quando dizem:”Porquanto não há diferença entre o judeu e grego; porque um mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam”. [Romanos 10:12]. Ora se um mesmo é o Senhor de todos, tanto de judeus como de gregos, consequentemente, um mesmo é o nome dado para salvação de todos – judeus e gregos (gentios). “E no meu nome os gentios esperarão” [Mateus 12:21]. Sobre a universalidade do seu nome, o próprio salvador testificou: “Assim está escrito, e assim convinha que o Mashiach padecesse, e ao terceiro dia ressuscitasse dos mortos. E em seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém” [Lucas 24:46-47]. De fato o nome “Yehoshua HaMashiach”, em hebraico, começou mesmo a ser pregado em Jerusalém, mas conforme as palavra do próprio Mashiach, a salvação em seu nome (o mesmo que começou a ser pregado em Jerusalém, e não outro), deveria ser anunciado também em todas as nações.

O Senhor Yehoshua preparou um vaso para anunciá-lo entre as nações gentias. Disse o Senhor Yehoshua a Ananias: “Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel” [Atos 9:15]. Este vaso escolhido foi o célebre israelita de Tarso da Cilícia, chamado Shaul, em hebraico, conhecido também pelo cognome latino de Paulo (Shaul). Shaul (Paulo), estava sendo escolhido e constituído ministro (1Timóteo 2:7)para fazer notório entre os gentios, por meio do evangelho, o mesmo nome que ele já conhecia e que lhe havia sido confirmado por revelação no caminho de Damasco. No relato de sua conversão, o ministro Paulo fez notório ao rei Agripa, em Cesareia, o seguinte fato ocorrido: “Ao meio dia, ó rei, vi no caminho uma luz do céu, que excedia o esplendor do sol, cuja claridade me envolveu a mim e aos que iam comigo. E, caindo nós todos por terra, ouvi uma voz que me falava, e em língua hebraica dizia: Shaul, Shaul por que me persegue? Dura coisa te é recalcitrar contra os aguilhões. E disse eu: Quem és Senhor? E ele respondeu: Eu sou Yehoshua, a quem tu persegues” [Atos 26:13-15]. Está perfeitamente claro, nesta breve narrativa, que o Senhor, identificou-se a Shaul com o seu nome hebraico “Yehoshua”, o mesmo nome que foi anunciado, pelo anjo a Yoseph quando do nascimento de seu filho, o Mashiach (Mateus 1:21). E, finalmente, foi esse nome e não outro, que o ministro Shaul, fielmente, manifestou não só diante dos reis (os romanos), e dos filhos de Israel (os judeus), mas também, diante dos gentios

Gálatas 1:11-16. Esse nome “Yehoshua HaMashiach”, tendo sido, inicialmente, pregado em Jerusalém, em toda Judéia, Samaria e alhures, alcançou também a Ásia, Europa, e chegou até nós – Brasil.





Yehoshua  HaMashiach

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